O assunto de hoje é um tanto delicado para mim, mas eu preciso falar um pouco sobre isso.
Todas as pessoas fazem um pouco do que as dá prazer, mas quando isso se torna um ato repetitivo e compulsivo passa a ser um vicio.
Vício pode ser por qualquer coisa: drogas, comidas, bebidas, internet, telefone, até mesmo sexo pode se tornar um vício.
No começo é muito prazeroso. A pessoa viciada acredita que aquilo está gerando a sua felicidade, mas isso é uma doce ilusão. Com o tempo, a pessoa passa a dormir mal, se alimentar mal, fica mal o tempo inteiro até fazer aquilo novamente. Vou usar como base aqui as drogas.
Dias parados, vida meio monótona, um jovem cansado da vida decide sair para se divertir. Os amigos o apresentam à droga e ele percebe que quando usa fica mais desinibido, mais alegre. Resolve então sair novamente, e as saídas se tornam mais constantes, à medida que ele percebe que quanto mais se droga mais do mundo esquece, não há problemas, só diversão. O jovem passa a sair todos os dias, e agora nem liga mais para os amigos, ou melhor, os amigos que não ligam mais para aquele amigo chato que perde a noção das coisas quando se droga. Ele começa a falar sozinho, a agir sozinho, começa a pensar que todas as pessoas são ruins e que todos os abandonaram e forma um laço de extrema amizade com aquela que o está afundando: a droga. O dinheiro começa a acabar, ele já não dorme, come algo só pra disfarçar, então começam a sumir coisas de casa, claro, por que quem está viciado precisa manter esse vício. Os pais do jovem começam a perceber que estão sumindo coisas, de inicio não querem acreditar, mas de um jeito sabem que o filho não é mais o mesmo, a mãe tenta evitar e briga pelo bem do seu filho ficando no meio da porta para que ele não saia, ele enfrenta a mãe e a empurra sobre a parede. A família toda se desestrutura, começa a haver brigas entre os pais, o pai ameaça expulsa-lo de casa, mas tem medo do que possa acontecer com o seu filho. Os pais resolvem então o internar em uma clinica de reabilitação, gastando o pouco de dinheiro que possuem para tentar salvar o seu filho. De inicio, o jovem concorda, mas surge a abstinência, as coisas estão chatas novamente, o jovem então foge da clinica rouba alguma coisa e vai se drogar. Não tendo mais pra onde ir os roubos são constantes, ele pensa até em se prostituir para conseguir manter o vicio, compra uma droga com o dinheiro que roubou hoje e vai pra algum lugar usar. Amanhece morto, fruto de uma overdose.
História tensa? Sim queridos... Mas é a realidade. Quantos não morrem por vícios hoje?...
Ontem, um parente meu faleceu, ele era alcoólatra, pra quem acha que o álcool não vicia ou não mata eu digo vicia sim e mata sim! Grande parte da família tentou ajudar ele e incentivar para que parasse de beber, mas ele não se ajudou, ele ficou doente e faleceu.
É difícil se reabilitar por que a pessoa viciada acha que tudo e todos estão contra ela.
Mas vicio não se dá somente por drogas, sim eu sou um exemplo disso, no auge dos meus 14 anos, uma menina sem amigos, sem circulo social, conheci os chats de telefone, passei a ligar todos os dias, por que somente ali que eu encontrava pessoas que se interessassem pelo que eu falava e somente ali eu me sentia bem, no meu mundo, onde as pessoas gostavam de mim, não conseguia parar de usar o telefone, não comia, não dormia, usava escondida de madrugada enquanto todos dormiam, eu parecia um fantasma, a conta de telefone enorme chegou, o telefone cortou e eu apanhei, uma surra bem merecida, mas na época odiava meus pais e achava que eles me odiavam, hoje tenho orgulho em dizer que eu mal uso telefone, somente para casos necessários e o melhor amo meus pais por que sei que tudo o que eles fazem é pensando no meu bem.
O fato é que quando estamos viciados perdemos as nossas virtudes e passamos a servir ao vicio, o apoio da família é a melhor coisa a se oferecer, mas quem está viciado precisa acima de tudo de força de vontade, pois a vida é dele e só ele pode se salvar.
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